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Quem foi o Ayatollah Khomeini?

Na última segunda feira (03), completou-se 30 anos do falecimento do Imam, sábio, abençoado e fiél Ayatollah Khomeini. Este que se tornou um símbolo de luta contra o colonialismo em terras Persas, entrou para a história como um dos homens mais importantes do século XX.



SUA INFÂNCIA

Ruhollah Musavi Khomeini, nasceu em 24 de setembro de 1902 em Khomein, no Irã. Ele era filho de um Ayatollah chamado Sayyed Musavi, que aos 42 anos de idade, foi assassinado brutalmente, e de uma Muçulmana de origem eclesiástica chamada Hajar, que faleceu quando Khomeini tinha apenas 15 anos de idade. Desde então, ele passou a ser criado pelos tios.

O imam Khomeini sempre foi uma criança inteligente e educada, aprendeu a ler antes dos 6 anos de idade e estudou a língua árabe com seu irmão mais velho, Passandideh. Na adolescência, foi chamado para estudar no centro de estudos teológicos em Arak e logo em seguida, foi transferido para Qom, onde estudou além da religião islâmica, filosofia, astrologia e história.


VIDA ADULTA E COMEÇO DAS LUTAS POLÍTICAS

O imam Khomeini se casou aos 30 anos e teve 5 filhos, dois meninos e três meninas.

Em 1953, o Irã e os EUA se aliaram ao estado de Israel, isso fez com que os Iranianos se tornassem cada vez mais dependentes da América e com sua economia cada vez mais fraca. Desde então, O Imam e um pequeno grupos de religiosos começaram a descobrir os planos cruéis dos capitalistas contra aquela grande nação do Oriente médio, não demorou muito para que o futuro Ayatollah se organizasse e lutasse contra todos aqueles tiranos presentes em seu próprio território.


EXPATRIAÇÃO PARA A TURQUIA

Em novembro de 1964, o serviço secreto Iraniano invadiu um vilarejo em Qom e prendeu o Imam Khomeini. Ele foi levado até o aeroporto de Mehr Abad em Teerã, com o objetivo de ser expatriado para a Turquia, Telegramas chegaram a ser enviados para a embaixada turca na capital do Irã em apoio à chefia religiosa.

Após isso, Hassan Ali Mansour, responsável pela expatriação do Imam, foi pego e assassinado pelo movimento da aliança islâmica, uma milícia formada por jovens socialistas, que acreditavam que as idéias de Khomeini, poderia mudar o futuro daquele país.


EXPATRIAÇÃO PARA O IRAQUE

Sob muita pressão, o governo turco não viu outra saída a não ser transferir o Imam para o Iraque, onde ficou exilado na cidade de Najaf. Lá, o Imam passou a escrever vários livros e meditar sobre como acabaria com o sofrimento do povo Iraniano. Enquanto isso, em Qom, os clérigos pediram para os estudantes do centro islâmico onde estudara o Ayatollah, para entrarem em greve e começarem a organizar protestos favoráveis a volta de Khomeini ao Irã, mas foi uma tentativa em vão.

Ainda em exílio, o Imam recebeu uma triste notícia, seu filho, Haj Mustafa, havia sido martirizado aos 48 anos de idade, tudo indicava que ele havia sido envenenado. Haj era graduado em filosofia, economia e também tinha conhecimento em ciências intelectuais.


EXÍLIO NA FRANÇA

Com a grande popularidade do Imam Khomeini em cidades Persas, o regime do Shah, Reza Pahlavi, passou a reprimir ainda mais brutalmente a população que fosse favorável ao Ayatollah, que logo, sob muita pressão, saiu do exílio em direção ao Kuwait, onde não foi aceito, e partiu para Paris, na França.

Surgiram oposições e manifestações no Irã. Deve-se destacar as manifestações da Praça de Jaleh, no dia 8 de setembro de 1978 que terminou em um massacre. As perdas, de acordo com o comunicado da repartição de exames médicos, foram grandes: 4.490 vítimas, sendo a maioria delas mulheres e crianças.


A PRAÇA DOS MÁRTIRES

Em 4 de Novembro do mesmo ano, os estudantes da Universidade de Teerã manifestaram-se a favor da volta de Imam Khomeini (K.S.) para o Irã e 65 pessoas foram mortas. Nos dias 10 e 11 de dezembro de 1978 ocorreram ali outras manifestações. A determinação dos manifestantes era a seguinte:

“O Imam Khomeini é nosso dirigente e as suas aspirações são as do povo. Estes tipos de manifestações são votos de confiança que lhe são atribuídos sempre e um sincero reconhecimento da valiosa chefia das autoridades religiosas exaltadas”.

“Apelamos pelo destronamento do Shah, pelo fim do regime monárquico e do colonialismo que está ligado á autocracia interna. Exigimos que se dê liberdade ao povo muçulmano do Irã para decidir o seu próprio futuro”.

Houve manifestações e comícios no dia 19 de Janeiro de 1979. O resumo da revolução das manifestações é a seguinte:

“Apelamos pela deposição do Shah. Ele e o seu pai usurparam o trono”.

“Apelamos pela formação de um conselho revolucionário Islâmico pelo Imam Khomeini, que fará as preparações para o plebiscito decidir o futuro do Irã”.

O Shah abandonou o país e nomeou Bakhtiar como Primeiro-Ministro, na esperança de que talvez pudesse preparar o caminho para a sua restauração no poder. O Imam continuou a condenar as conspirações americanas e o seu Shah fantoche. Embora Bakhtiar prometesse certas reformas, o povo não deixou que cumprisse sua palavra e exigiu sinceramente a volta do Imam Khomeini para o Irã.

Em 1° de Fevereiro de 1979, Khomeini regressou para a sua terra natal. O povo recebeu-o entusiasmadamente, Foi uma recepção nunca vista antes na história. Do aeroporto de Mehrabad, o Imam Khomeini foi para o cemitério de Beheshteh Zahra, local do repouso de todos que deram suas vidas pela causa da Revolução, e de lá falou para a multidão.

Uma semana depois, nomeou Mehdi Bazargan para Primeiro-Ministro. Num anúncio em 10 de Fevereiro, solicitou ao povo para não prestar nenhuma atenção à lei marcial, cujo início estava marcado para às 16:00 horas daquele dia. Ele disse para o povo resistir abertamente à esta lei e encher as estradas. O povo atacou as esquadras, quartéis e prisões, e no dia seguinte os centros importantes do governo caíram. A Revolução Islâmica, não muito bem organizada, estava vitoriosa, graças à sábia e poderosa chefia do Imam Khomeini, este que não aceitou nenhum título ou posição no governo e continuou a ser um dirigente religioso da nação, ele também nunca ignorou os interesses do Islã.



retorno do Imam Khomeini ao Irã, em 1979.


A CHEFIA DO IMAM KHOMEINI (k.s)

O imam Khomeini faleceu em 03 de Junho de 1989, e deixou um grande legado para seu povo e para o mundo.

O Ayatollah Taleqani, um grande religioso e dirigente político do Irã, que teve um papel importante no descrédito do regime anterior, mobilizando o povo, sempre dizia que ao sentir-se desanimado, visitava o Imam Khomeini e voltava inspirado, cheio de confiança e esperança.

O falecido Ayatollah Mutahari, um célebre teólogo do Islam, no seu livro “Movimentos Islâmicos nos Últimos Cem Anos”, escreveu sobre o Imam Khomeini:

“O seu nome, memória, palavras, fervo do espírito, vontade inflexível, firmeza, coragem, perspicácia e fé profunda são falados por pessoas de todas as classes. Ele é o mais querido, o mais magnífico herói dos heróis e o orgulho da nação iraniana. É um dos frutos justos na linhagem profética que, sob todas as circunstâncias, nega as reivindicação falsas e Inspira a essência da revolução na nação. Poucos líderes teriam influenciado tanto, como ele fez, em todos os aspectos da vida e na sociedade. A mobilização das massas é um exemplo da sua chefia”.

O Imam Khomeini considerava o Islam como um sistema que envolve todas as sociedades, baseado no comando divino sobre todos os outros sistemas. Ele acredita que um dirigente espiritual deve ser versado nos preceitos divinos para dirigir a sociedade nos caminhos do Islam. Ele preparou o caminho para a Revolução Islâmica, através de um movimento que começou em 1963. Ele inspirou um desejo ardente no povo para a revolução. Apesar de ter sido apoiado pelas massas, ele se considerava um simples teólogo e ainda é considerado um símbolo máximo de humildade. Trata de todos os problemas do ponto de vista Islâmico. As leis de Deus e do Islam são as mais respeitadas. A passagem do tempo não alterou a sua visão do mundo. No que diz respeito ao problema palestino e o mundo Islâmico, ele mantinha uma posição inabalável. O Imam Khomeini falava da vitória e da verdade sob a classe próspera, bem como sobre a falsidade. Ele diz:

“Nós embarcamos na longa luta contra o regime americano e esperamos que a nossa futura geração estenda a bandeira da unidade, libertados dos opressores.”

“A nossa Revolução Islâmica tem a pura essência do Islam. É uma crença no mundo Islâmico. As doutrinas promovidas por outras ideologias, não compreenderam a nossa Revolução, que introduziu conceitos e métodos não somente no Irã, mas em todo o globo”.



„OH homem cruel! Medita! Note qual é a enfermidade de seu coração que o tem feito mais duro que uma rocha e que não aceita o Corão de Deus que veio para te salvar do castigo e trevas.“ —  Ruhollah Khomeini

PARA SABER MAIS:

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(livro sobre o Imam Khomeini)


REFERÊNCIAS:






 


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